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terça-feira, 26 de março de 2024

Duas tarefas na Semana Santa

Charge: Bruno Galvão
Por João Guilherme Vargas Netto


Há duas tarefas a serem cumpridas pelo movimento sindical mesmo nestes dias feriados.

A primeira delas, incumbência de todo o movimento em suas bases de trabalhadores e trabalhadoras, é a de participar juntamente com toda a população e com o SUS da luta para enfrentar o grave surto da dengue.

Os sindicatos podem, em cada cidade e com conhecimento de causa, ajudar nas ações de limpeza e prevenção dos criadouros do mosquito, nas medidas visando a vacinação e até mesmo oferecendo suas instalações e sedes como locais de exames, de testes e de tratamento dos sintomas da doença.

domingo, 24 de março de 2024

Crise global e desafios do sindicalismo

Foto: CTB
Por Umberto Martins, no site da CTB:


* Durante a reunião da Direção Nacional da CTB, realizada na quinta (20) e sexta-feira (21), em Salvador, o jornalista Umberto Martins, assessor da central, fez uma análise da conjuntura da qual reproduzimos os trechos abaixo:

***

Vivemos no contexto do que podemos chamar de crise global do capitalismo e, em particular, da ordem imperialista hegemonizada pelos EUA.

É uma crise ao mesmo tempo econômica e geopolítica.

Em sua dimensão econômica, a crise tem por características ciclos de baixo e decrescente crescimento dos PIBs, com uma tendência à estagnação das economias, intermediados por depressões de alcance global como as de 2008, iniciada nos EUA, e de 2020-21, alavancada pela pandemia da Covid-19.

sexta-feira, 22 de março de 2024

Divórcio antes do casamento

Charge: Fraga
Por João Guilherme Vargas Netto


Para enfrentar e vencer o mosquito transmissor da dengue e superar o grave surto da doença os brasileiros, mais uma vez, se apoiam no SUS que lhes garante vacinação, testes, atendimento e ajuda na erradicação dos focos e controle do ambiente.

A criação do SUS, consagrado nos artigos 198, 199 e 200 da Constituição foi resultado de uma luta feroz do Partido da Saúde, primeiro contra a catastrófica situação sanitária e os escândalos a ela associados nas décadas de 70 e 80 do século passado e depois na própria Constituinte.

Com exceção dos sindicatos diretamente ligados às ações de saúde e dos sindicatos de servidores, em vários níveis, o movimento sindical dos trabalhadores como um todo, representado pelas confederações e centrais sindicais da época, pouco participou desta luta, melhor dizendo, foi ausente, confirmando o divórcio sem ter havido o casamento.

quinta-feira, 14 de março de 2024

A dissonância entre as pesquisas e as ações

Ilustração: Mauro Biani
Por João Guilherme Vargas Netto


O descasamento momentâneo entre os avanços positivos da conjuntura econômica e social decorrentes das ações do governo e a queda da avaliação do governo, medida pelas pesquisas divulgadas, é um dado da realidade que preocupa e merece atenção do movimento sindical.

A dissonância, que tem muitas explicações, entre elas a enormidade dos problemas a serem enfrentados, o ritmo lento e inseguro do cumprimento das promessas em comparação com as expectativas, as fragilidades e defeitos da comunicação governamental, uma oposição bolsonarista intransigente, ativa, negacionista e as redes sociais com a inevitável dispersão de assuntos, confundem toda a sociedade e o movimento sindical dos trabalhadores, exigindo deste uma avaliação correta em que a solucionática predomine sobre a problemática e não o contrário.

quinta-feira, 7 de março de 2024

O sindicalismo e as mortes no trabalho

Ilustração da internet
Por João Guilherme Vargas Netto

Não chega a ser a carnificina que as forças armadas de Israel estão praticando em Gaza, mas seus números também são aterradores.

Refiro-me às mortes, mutilações, ferimentos, acidentes e adoecimentos no trabalho.

Volta e meia o silêncio sobre este terror é quebrado, quando o karoshi ataca no Japão, quando há uma epidemia de suicídios de telefônicos na França, quando há o soterramento de mineiros no Chile ou quando há mortes em Osasco por desabamento.

O movimento sindical brasileiro tem sido pouco atuante sobre a gravidade do assunto e não o tem enfrentado de modo permanente, persistente e eficiente.

quarta-feira, 6 de março de 2024

Escravos dos aplicativos conquistam direitos

Novos e velhos desafios dos sindicatos

Foto do site APLB Sindicato
Por Pedro Carrano, no jornal Brasil de Fato:

A apresentação por parte do governo Lula de proposta de regulação do trabalho dos motoristas de aplicativo ontem (4) traz à tona também o debate sobre o atual momento da luta dos trabalhadores e de uma das suas principais ferramentas de organização: os sindicatos. Quais são os desafios depois de longo período de ataques e aumento da precarização? Que erros as organizações de esquerda não podem repetir?

Sem dúvida, o desafio e os riscos para o governo federal, depois de sete anos de políticas de ataques neoliberais, que colocaram os trabalhadores em situação defensiva, agora deve ser a preocupação com a recomposição das condições de vida dos trabalhadores, ampliando o mercado de trabalho, o que certamente ampliaria as condições de luta e organização.

terça-feira, 5 de março de 2024

Escravos dos aplicativos conquistam direitos

Charge: Vicky Leta
Por Altamiro Borges


Em solenidade no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (4), o presidente Lula apresentou o projeto de lei que regulamenta o trabalho dos motoristas por aplicativos. Foi uma dura negociação com as empresas de Apps para a construção dessa proposta de regulamentação. O projeto não é dos mais avançados, mas representa um primeiro passo no enfrentamento da escravidão no setor. Ele prevê pagamento mínimo por hora de trabalho no valor de R$ 32,09, contribuição para a previdência social e auxílio maternidade.

segunda-feira, 4 de março de 2024

É hora de colocar o bloco na rua

Foto: Paulo Pinto/Agência PT
Por Nivaldo Santana, no site da CTB:


O presidente Lula obteve uma vitória histórica com uma margem estreita. Alcançou 50,90% dos votos válidos contra 49,10% do seu oponente de extrema-direita. Provavelmente esse resultado revele a maior polarização política da história recente do nosso país.

Passado mais de um ano do governo, com pequenas variações, pode-se dizer que a polarização continua. É verdade que o governo melhora seus indicadores positivos na percepção popular, mas o campo político de extrema-direita se mantém forte.

O último exemplo dessa polarização foi a constatação de que, mesmo depois da divulgação massiva do vídeo da reunião ministerial onde Bolsonaro tramava abertamente um golpe de Estado, a divisão na sociedade continua.

Segundo pesquisa do Instituto Atlas Intel, divulgada neste mês de fevereiro, 36,8% dos brasileiros não acreditam na tentativa de golpe, 42,2% acham que Bolsonaro está sendo perseguido e 42% são contrários a uma eventual prisão do ex-presidente.

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

A preparação do 1º de Maio

Charge: Alexandre Beck
Por João Guilherme Vargas Netto

As comemorações do 1º de Maio - Dia do Trabalhador ou Dia do Trabalho – são as únicas com abrangência mundial (com exceção dos Estados Unidos) como nos tem lembrado José Luiz del Roio (saúde! saúde!).

Aqui no Brasil há uma tradição mais que secular e nos últimos anos o 1º de Maio tem sido comemorado com a organização de manifestações do movimento sindical, unitárias ou não, reivindicatórias ou festivas, todas tendo como eixo a pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Basta que lembremos as multidões que compareceram ao Campo de Bagatelle nos eventos promovidos pela Força Sindical em anos sucessivos.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Corrida de 100 metros e maratona

Charge: Laerte
Por João Guilherme Vargas Netto


As atividades sindicais podem ser descritas de maneira geral comparando-as às duas modalidades esportivas do título.

Em um caso trata-se de iniciativas imediatas, intensas e orientadas para uma solução rápida, como a reivindicação de uma PLR, a resistência a uma demissão, uma greve localizada.

O outro caso pressupõe uma ação planejada, continuada e persistente como uma campanha salarial, um esforço de maior integração de mulheres na ação sindical, um lobby no Congresso Nacional levando-se em conta os partidos políticos e os parlamentares suscetíveis de compreensão e apoio às nossas causas.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Centrais sindicais apoiam Lula e pregam a paz

Charge: Aroeira/247
Por Altamiro Borges


Enquanto o carniceiro israelense Benjamin Netanyahu chama o presidente Lula de “persona non grata” e a mídia sionista nativa replica os ataques e naturaliza as milhares de crianças mortas e mutiladas em Gaza, os movimentos sociais se levantam para pregar a paz e elogiar a postura altiva e corajosa do governo brasileiro diante do genocídio do povo palestino. Nesta terça-feira (20), as principais centrais sindicais do Brasil lançaram um manifesto intitulado “O presidente Lula defende a vida, a paz e a soberania dos povos”.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Mais de 6 mil bancários demitidos em 2023

Imagem do site Enterprise Edges
Por Neiva Ribeiro, no site do Sindicato dos Bancários de São Paulo

O emprego bancário está na contramão do país. Enquanto o mercado de trabalho brasileiro, em 2023, apresentou resultados positivos com ampliação do emprego formal, alta na massa salarial e recuo na taxa de desocupação, o emprego bancário fechou 6.135 postos de trabalho, de acordo com o Novo Caged do Ministério do Trabalho e Emprego. Nos últimos cinco anos tivemos a eliminação de 20,5 mil postos.

No que se refere ao emprego no ramo Financeiro, excluindo a categoria bancária e holdings não-financeiras, verifica-se saldo positivo em dezembro, com a abertura de 427 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, foram criados 16,4 mil postos de trabalho, uma média de criação de 1,4 mil postos/mês.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Valorizar o que se está fazendo

Imagem do site gov.br
Por João Guilherme Vargas Netto


Os grandes desafios da terceira gestão do presidente Lula são os de garantir a normalização da vida nacional, valorizar a democracia, destravar a economia e distribuir renda, eliminando a fome.

Em cada uma destas tarefas deve contar com o apoio ativo do movimento sindical que compartilha tais objetivos.

Na condução desses esforços seu papel é relevante no destravamento da economia e na distribuição de renda, sobre os quais os trabalhadores e as trabalhadoras – representados pelos sindicatos e demais entidades – têm interesse direto.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Lula isenta 15,8 milhões de trabalhadores do IR

Imagem: Joédson Alves/Agência Brasil
Por Altamiro Borges


O presidente Lula segue tentando destravar a economia para garantir a geração de emprego e renda para os brasileiros. Entre outros obstáculos, ele tem que enfrentar a política monetária de juros pornográficos imposta pelo “autônomo” Banco Central, chefiado pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, e precisa também driblar o austericídio fiscal mantido pelo “arcabouço” e pela meta de déficit zero do ministro Fernando Haddad.

Na semana passada, perseguindo esse sonho, o governo publicou uma Medida Provisória que isenta do Imposto de Renda quem ganha até dois salários mínimos – o equivalente a R$ 2.824. A MP foi assinada pelo presidente Lula e publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de terça-feira (6), passando a valer a partir da data da publicação. Ela altera, a partir de fevereiro, os valores da tabela progressiva mensal do IR para as pessoas físicas. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional, que tem prazo de 120 dias para sua votação.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Em busca da notícia sobre o sindicalismo

Foto: AFP
Por João Guilherme Vargas Netto


Notícias que nos chegam de outros países dão conta da recuperação e presença ativa do movimento sindical dos trabalhadores. São, na verdade, notícias esparsas que não fazem parte das grandes preocupações e coberturas das agências internacionais, aparecendo, aqui e ali, em sites especializados e de pouco acesso.

Algumas delas não puderam ficar sem registro forte, como as manifestações sindicais na Argentina contra o “pacotazo” de Millei, a greve longa e vitoriosa dos produtores de conteúdo eletrônico nos Estados Unidos e os esforços bem sucedidos do Ver.di, o maior sindicato da Alemanha para aumentar a sindicalização entre os jovens servidores.

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Nova Indústria Brasil e o sindicalismo

Foto: Kayo Sousa/MCom
Por João Guilherme Vargas Netto


A história econômica das nações demonstra o papel estratégico da industrialização no crescimento.

Aqui no Brasil esta constatação também é válida, até mesmo ao se vincular o baixo crescimento à desindustrialização acelerada sob a égide do rentismo, do fiscalismo e da ideologia neoliberal.

Para enfrentar e resolver esta deformação o governo apresentou o plano Nova Indústria Brasil, com princípios e missões capazes de fazer avançar a indústria.

Sobre o plano, que foi escandalosamente atacado na mídia grande, recomendo a leitura do artigo de Antonio Corrêa de Lacerda, no Estadinho do dia 30, terça-feira, em que ele afirma enfaticamente que “o Brasil agora tem um plano”.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Polarização na sociedade e o sindicalismo

Por João Guilherme Vargas Netto


Um livro – Biografia do Abismo – de dois autores – Felipe Nunes e Thomas Traumann – publicado recentemente procura mostrar como a polarização divide famílias, desafia empresas e compromete o futuro do Brasil.

Para os autores o antagonismo induz à polarização, primeiro no terreno das disputas eleitorais (o que é normal), depois radicaliza no “nós contra eles”, calcifica-se (tornando-se permanente) e transborda para a sociedade acicatada pelo bolsonarismo.

Este transbordamento é analisado pelos autores na sala de aula, nas relações sociais e familiares, no consumo (com o boicote a empresas e produtos), nos esportes, na religião com a reiterada busca do dissenso.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

O enrosco das desonerações

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por João Guilherme Vargas Netto


Desonerar a folha de pagamento de empresas e transferir a base de contribuição à Previdência para o faturamento (com renúncia fiscal) pode ser uma boa iniciativa em momentos de aumento do desemprego e de crise, desde que haja um controle efetivo de sua aplicação transitória, com revisões periódicas e contrapartidas sejam garantidas aos trabalhadores.

Foi o que não aconteceu em 2011, sem controles e contrapartida e veio se mantendo para 17 setores sem nenhuma participação nas discussões e providencias do movimento sindical dos trabalhadores. Os setores beneficiados com a renúncia fiscal, que prejudica a Previdência, consolidaram-se em um poderoso lóbi no Congresso Nacional e criaram a lenda urbana de que a medida ( que se tornou recorrente) criava empregos ou impedia demissões.